domingo, 27 de abril de 2008

EXISTE UMA DOUTRINA DE RECURSOS HIDRICOS NO BRASIL ?

de 1997 ATÉ HOJE ..EXISTE UMA DOUTRINA DOS RECURTSOS HÍDRICOS?



A precipitação da resolução 25 da ANA , a insatisfação no Ceivap em 2004 e uma sucessão de desabafos mostram e vulnerabilidade dos instrumentos até agora em implementação para a Gestão das águas no Brasil e apontam que muitos interesses e visões se estabeleceram nessa estrutura política e que agora se mostram insuficientes para uma verdadeira gestão integrada das águas, apontando frustrações e ao mesmo tempo a inserção de novos atores que poderão se constituir com o tempo parte da solução dessas “disfunções” do nosso sistema nacional de gestão dos recursos hídricos ora em implementação.

Conhecemos e respeitamos o Roberto Malvezzi pelo seu trabalho e esforço junto às populações do semi-árido do país e sua reflexão SOBRE a “escassez” das águas -a disponibilidade para aumentar a consciência cidadã das populações do semi-árido e do país em relação à política de recursos hídricos. Já a mais de um ano ele participa da lista de discussão do Fonasc.Cbh com seus escritos e artigos, nos mostrando os esforços da sociedade civil nordestina organizada, pela gestão e acesso democrático a água e denunciando a tendência natural de nosso sistema econômico de mercantilizala transformando-a em moeda de troca por votos e por direitos no nosso sertão nordestino. Eventualmente nos encontramos nessas andanças no nosso país e aprendemos sempre mais. Saudamos com satisfação o coroamento de anos de seu trabalho como estudioso teólogo e entusiasta construtor de uma Igreja católica comprometida com a cidadania e que agora eleva a questão dos recursos hídricos, a ÀGUA na campanha da fraternidade 2004.

A CPT através de seus membros em várias regiões tem dado demonstração de apreço a nossa caminhada comum, participando dos últimos encontros nacionais do fonasc e mais recentemente participamos de um seminário para somar esforços para o êxito da campanha da fraternidade 2004 em Goiana em Novembro passado onde vivenciamos acirrado debate sobre os limites da legislação de recursos hídricos para a cidadania das águas.

Alguma colaboração importante tem emergido dessa lista a cerca do atual momento da implementação do modelo de gestão das águas no país a partir de posicionamento de vários de seus membros em relação à campanha da fraternidade e a constatação de coisas boas e também de algumas anomalias na implementação dos instrumentos de gestão das águas em vários estados andam acontecendo. Falo de implementação como fato em si que está em processo e nesse sentido corroboro as afirmações seguintes;

E o que me causou muita atenção é a forma como esse processo é vivido e entendido por alguns de nossos pares que se colocam algumas às vezes protagonistas e guardiões dos fundamentos e princípios de nossa atual legislação como se essa fosse uma “doutrina hídrica” com característica de imutabilidade de seus princípios e seus termos, como se tivesse uma dimensão atemporal e espacial da mesma e, portanto criando dogmas e “profetismo” como se fossem esses de fato fosse a Igreja. Ou seja, uma doutrina hídrica que deixa de ser substancialmente, um instrumento legal administrativo e jurisdicional de garantia de direitos e deveres.(muito embora esses também possam beber sus fundqamrentos também numa doutrina) que é a lei 9433. Nesse caso inverteu-se os papeis.

É compreensível a condição de importantes “sujeitos da história” daqueles que tiveram um papel exemplar constituindo-se no tempo (década de 90) como atores imprescindíveis para instituição do sistema nacional de gestão de recursos hídricos e sua expressão na lei 9433. E quando tal situação se evidencia é muito presente a interpretação do processo político colocando-se ESSES “sujeitos”, numa perspectiva unilateral, etnocentrista e unidimensional reforçando uma concepção “funcionalista” de um sistema de gestão de águas em detrimento de uma interpretação “histórico dialética” da gestão de recursos hídricos.Tal processo evidencia-se na INACEITAÇÃO de novas proposta e questionamentos a cerca dos fundamentos da lei.

E por favor, não se assoberbem com a utilização do termo ”histórico dialética” inventando termos pejorativos para quem os usa, pois é uma ferramenta teórica para gestão e análise de questões sociais que foi exaustivamente utilizada pelos governos militares até o governo do FHC e o atual para sua governança, e nem sempre quem as utiliza é ou não é um ou outro “ista” qualquer...Pois isso certamente não é nosso foco. Questionemos os modos de entender as coisas e não as pessoas na sua essência, pois acredito na sua boa fé até que se prove o contrário.

Aqui, adotaram-se posturas que coloca as críticas ao atual modelo como se ele fosse imutável ou como se as manifestações daqueles que não são “dessa igreja” constituísse uma força exógena que quer acabar com ele e o que ele tem de “bom” que se acredita para a sociedade. Até hoje não sabemos se isso é ingenuidade ou desconhecimento proposital de outra forma de enxergar uma questão social que não seja numa perfectiva estritamente “funcional” como estamos vendo nesses últimos dias. Tal discurso também aconteceu na época do surgimento do Fonasc etc

Uma idealização de tudo como passível de enquadramento no estatuto jurídico vigente é também um reducionismo incompreensível desse “funcionalismo sistêmico” que pode nos impedir de enxergar novas idéias. Esquece-se aí que um sistema de gestão das águas do país está dentro de outro, que por sua vez, está dentro de outro numa sucessão infinita e que dentro dessa situação, pode-se captar uma subjetividade onde está a questão da soberania nacional, a questão do lucro sobre a água, os interesses das multinacionais das águas, a manipulação de conceitos como coisas inerentes à condição humana e do próprio sistema de economia de mercado que não se submete matematicamente a nenhuma lei que não for a dela mesmo.Tudo isso existe e tem conseqüências na vida das pessoas .Esse “positivismo jurídico” que campeia o entendimento da implantação da gestão participativa e integrada das águas por vezes pode impedir uma real compreensão da realidade e servir mais aos “donos do poder” do que aos seus objetivos nobres a que se propõe.Vamos ser mais criativos.

Muitas coisas podem estar por traz disso, desde o escamoteamento de: interesses coorporativos, de interesses econômicos, preservação da condição e status dentro do sistema e até comportamento e “índoles extremistas e conservadoras” como se evidenciou em alguns depoimentos que “escapuliram” nessa lista. Mas precisamos acreditar na capacidade da “política” colocar a nu todos esses instintos e interesses e para isso, o mínimo que se espera é um debate democrático e não preconceituoso, pois sempre alguns vão ganhar e outros vão perder. E hoje quem perde ainda á a sociedade.

Ela perde porque vemos, tal qual em outras políticas públicas a insuficiência do papel do estado, condicionada por uma cultura do “patrimonialismo” (RAIMUNDO Faoro) que se perpetua desde os tempos do coronelismo mais extravagante do começo do século passado e ainda evidente na gestão das águas.O Estado brasileiro é tecnicamente inapropriado para uma “GESTÃO INTEGRADA E PARTICIPATRIVA DAS ÁGUAS” por isso esse sistema não se consolida mais rápido. Pois é preciso ganhar-se tempo para acomodar as “elites” que puderam chegar primeiro, mudar de posição e que assumiram o discurso e estabeleceram as regras de sua inserção, reprodução e permanência nele primeiramente. Até que possam democratizar e acomodar todos os tipos de interesses que elas representam dentro de sua estrutura, a sociedade civil representada pelas organizações e movimentos sociais de maneira geral ficará a mercê de atos discricionários feitos a quatro mãos tentando ao máximo falsificar os códigos. A lei de recursos hídricos é operada pelos que chegaram primeiro e estabeleceram seus parâmetros, suas posições e seus discursos pseudoprogressistas. Depois é que se insere outros atores. A superficialidade dos discursos aparentemente progressistas encobre uma injusta distribuição de poder de decisão, de cargos e de recursos (estes últimos se diluindo nas atividades meio, para construção do sistema) em detrimento das atividades fins.Tenta-se encobrir descobrindo esses interesses como vemos nesse caso da (falsa?) resolução 25 da ANA.

Poderemos entender que as coisas e o atual modelo de gestão das águas no Brasil, não é somente uma invenção de uma “elite conjuntural” que atraiu a si a responsabilidade de contribuir de maneira exemplar para que nosso país tivesse uma legislação para as águas nos idos da década de 90. A questão do uso indiscriminado e insustentável da água e sua relação com o modelo econômico que lhes impõe seu desgaste e seu valor é marcado por uma sucessão de fatos políticos e sociais que ultrapassa realidades objetivas desse ou daquele grupo, seja ele de técnicos, cientistas, religiosos etc. Ultrapassa A dimensão de tempo e espaço, pois lhe confere uma dimensão até global muito antes de 1997.

No Brasil, emerge na década de 90 a afirmação de setores sociais que se constituíram atores importantes e pioneiros na implementação desse sistema.Havia condições objetivas para que essa “elite” cumprisse esse papel enquanto que, para outros setores da sociedade era outras questões imediatas eram prioritárias. As “elites” da igreja católica, as “elites” dos movimentos Sociais seculares ligados sos movimentos de direitos difusos. , As elites do movimento sindical, todos tinham A SUA FRENTE outras prioridades que lhes eram mais importantes naquele momento. E participaram timidamente da instalação e das discussões desse modelo a meu ver.Existem elites e elites setoriais nesse país.

Hoje evidenciamos a inserção de outros atores e instituições indiscutivelmente muito mais conectadas com os movimentos sociais e vinculadas e identificadas com as demandas das populações mais periféricas no sistema de gestão das águas e esses relem a história e se colocam também como sujeitos do sistema na medida que lhes questionam e propõem mudanças. Em alguns momentos, já havíamos questionado companheiros ligados aos movimentos sociais relacionados com Igrejas por causa de atitude passiva em relação a esse sistema de gestão das águas e seus instrumentos legais. E é oportuno e até tardia a afirmação dos movimentos sociais conectados à Igreja Católica, assim como das Igrejas protestantes, os movimentos sindicais e outros.A questão da água não é uma questão que se afirma a partir de uma visão exclçiusivamente ambientalista como se tem verificado muitas vezes. Esta, de certa forma, foi por algum tempo o movimento mais evidente (instituído) nesse processo. A questão da gestão da água e sua disponibilidade são cada vez mais posta a partir de outros atores no seu devido lugar, pois é uma questão social.Não é sem sentido que no mês passado uma importante mobilização das comunidades pela preservação dos mananciais de “Capão Xavier” nas cercanias de Belo Horizonte sob impacto da atividade mineraria, teve como interlocutor importante a CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES.

E que venham todos para esses esforços com humildade para afirmar seus olhares e sua interpretação da lei e colocar suas contradições e o tamanho real de sua distância da realidade efetiva e a legal que a legislação elege, mas não a institucionaliza soluções rápidas, pois não pode.Tem estados nesse país em que o poder público é o primeiro a desestimular a aplicação e instalação de um sistema de gestão das águas dentro dos princípios e fundamentos em lei, pois a água nesses lugares já é uma “mercadoria”.
O QUE HOUVE ATÉ AGORA QUANTO A INSTALAÇÃO DE UM MODELO DE GESTÃO DAS ÁGUAS FOI que ele valorou e idealizou uma sociedade “civil instituída” a partir de parâmetros unilaterais- instituiu uma sociedade civil a partir de um grupo instituído. UMA SIMBIOSE DE DUAS VISÕES DE SOCIEDADE CIVIL E PARTICIPAÇÃO SOCIAL; a sociedade civil instituída e a sociedade civil instituínte criaram uma situação onde essa última sempre foi numericamente subalternizada pela primeira. A SOCIEDADE CIVIL INSTITUÍNTE chega agora aos poucos e assume seu papel soberanamente questionando a LEGISDLAÇÃO DAS ÁGUAS a partir de outros parâmetros.É A SOCIEDADE CIVIL INSTITUINTE QUE tem mais condições de legitimar o que tem de bom e instituir a mudanças para se avançar e administrar o sistema dentro de pactos maius respeitáveis.

Esta LEGISLAÇÃO é no estado de direito, os instrumentos de ação política e de cidadania. Não é somente um instrumento de afirmação de corporações, grupos de interesses ou objeto DE DILETANTISMO intelectual desse ou aquele grupo social bem informado. Ela só terá sentido se for um instrumento legal à disposição de toda a nação brasileira e seu povo e por este debatido, utilizado e repensado, podendo ser alterado em bases de negociação decorrentes da afirmação política e democrática dos grupos e atores instituintes envolvidos e interessados sujeitos ativos da história. E vai aumentar esse roldão de gente tenham certeza.

A legislação brasileira de recursos hídricos não é, portanto uma doutrina e sim, um estatuto jurídico onde se explicita os códigos, princípios e instrumentos para possibilitar e relação entre interesses de atores: sociais, políticos, e instituições que negociam a utilização de um recursos natural de valor estratégico, econômico e social para a sociedade, e de valor terapêutico essencial espiritual, político, místico, dogmático, profético e poético imprescindível para a vida física e não física das pessoas.

NESSE SENTIDO ENTENDEMOS QUE A SOCIEDADE BRASIELRIA DEVE E PODE CADA VEZ MAIS SE INFORMAR, SE MOBILIZAR E APROPRIAR-SE DOS SEUS INSTRUMENTOS legais de gestão E MUDA-LOS, ALTERA-LOS PARA INCORPORAR MAIS OIBJETIVAMENTE OS PRINCÍPIOS DA SOBERANIA NACIONAL, DA GARANTIA DO VALOR SOCIALO DA ÁGUA, DA REDIFINIÇÃO DO PAPEL DA ANA ETC. ISTO É ACEITÁVEL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO..

NO DEBATE QUE SE SUCEDERÁ, ENTENDEMOS QUE PODE SE AFIRMAR OS PRINCÍPIOOS E ATORESUTADOS EM MOTIVAÇÕES Sólidas, vinculadas á realidades objetivas de quem esta vendo a bacias se deteriorarem em função de interesses econômicos insustentáveis E SUAS conseqüências na QUALIDADE DE VIDA Das comunidades, E NÃO, se corroborando aquelas idéias que expressam que mudanças só poderão existir dentro de uma visão “funcionalista positivista ” onde os corpos estranhos à “doutrina dos recursos hídricos” tende ser visto implicitamente como ameaças às funções e papeis sociais e institucionais estabelecidos.Será grande a oportunidade para conjunção do conhecimento científico com o conhecimento social das águas a campanha da freternidade 2004.

SE TIVERMOS DE ESCOLHER, INVERSAMENTE, ENTRE DOUTRINA HÍDRICA aqui em evolução E O ATIVISMO SOCIAL DA IGREJA CATÓLICA PREFIRIREMOS O SEGUNDO.ELE PODE SINALIZAR-NOS MUITAS COISAS NOVAS ..



João Clímaco Filho

Sociólogo Ambientalista

Membro da Coordenação do FONASC e rep sduplente da soc civil no CBHAF1

Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas

Membro da representação da Sociedade Civil no Consórcio Intermunicipal de Recuperação da Bacia da Pampulha - Rio das Velhas

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O BOM COMBATE - desagravo a plenária de 27 de Março do Conselho Nacional de Recursos Hidricos

O bom combate ....texto estimulado apos uma plenária do CNRH onde se fugiu de discutir TIJUCO ALTO

Plenária de 27 de Março do Conselho Nacional de Recursos Hidricos


> Com esse texto,desagravo e resgato apos uma reunião plenária do CNRH onde os agntes do Governo alegaram a todo tempo a improcedencia de levar a discussão naquela estância , pedidos de várias partes do país, para que o CNRH analizassem e se atessem sobre o UHE TIJUCO no > Paraná/SP - Empreendiemnto polêmico de grave risco ao pri nciípio da preucaução.Lá, no CNRH o Fonasc emcaminhou pedido para suspenssão do sprocedimentos da outroga até que o emprendimento seja discutido e > encaminhado no CNRH.
>
> Se o pleito da soc civil para discussão de outroga não pode se encaminhar
> , referente uso de aguas publicas de rio de abragência federal e sua
> outorga no CNRH, ..onde é que vai discutir essa outorga? Na casa do empreendedor ou onde?
>
> Numca vi tanta falta de virilidade politica de agentes publicos juntas em um só dia.

> Com esse desagravo, exalto esse texto abaixo para que a emoção sobreviva e sempre exercitamo-nos para o " bom combate"

> "O Bom Combate é aquele que é travado em nome de nossos sonhos ( e não por causa de pequenas Granas). Quando eles explodem em nós com
> todo o seu vigor - na juventude - nós temos muita coragem, mas ainda
> não aprendemos a lutar.

"Depois de muito esforço, terminamos aprendendo a lutar, e então já não temos a mesma coragem para combater. Por causa disto, nos
voltamos contra nós e combatemos a nós mesmos, e passamos a ser nosso
pior inimigo. Dizemos que nossos sonhos eram infantis, difíceis de
realizar, ou fruto de nosso desconhecimento das realidades da vida.
Matamos nossos sonhos porque temos medo de combater o Bom Combate.

O primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo - continuou Petrus.
> Às pessoas mais ocupadas que conheci na minha vida sempre tinham tempo para tudo. As que nada faziam estavam sempre cansadas, não davam conta do pouco trabalho que precisavam realizar, e se queixavam
> constantemente que o dia era curto demais. Na verdade, elas tinham medo de combater o Bom Combate.

"O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são nossas certezas.
Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios, justos e corretos no pouco que pedimos da existência. Olhamos para além das muralhas do nosso dia-a-dia e ouvimos o ruído de lanças que se quebram, o cheiro de suor e de pólvora, as grandes quedas e os olhares sedentos de conquista dos guerreiros. Mas nunca percebemos a alegria, a imensa Alegria que está
> no coração de quem está lutando, porque para estes não importa nem a vitória nem a derrota, importa apenas combater o Bom Combate.

Finalmente, o terceiro sintoma da morte de nossos sonhos é a Paz. A vida
passa a ser uma tarde de domingo, sem nos pedir grandes coisas, e
sem exigir mais do que queremos dar. Achamos então que estamos maduros,
deixamos de lado as fantasias da infância, e conseguimos nossa realização
pessoal e profissional. Ficamos surpresos quando
alguém de nossa idade diz que quer ainda isto ou aquilo da vida. Mas na
verdade, no íntimo de nosso coração, sabemos que o que aconteceu foi que
renunciamos à luta por nossos sonhos, a combater o Bom Combate.

- Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz - disse ele depois de um tempo - temos um pequeno período de tranqüilidade. Mas os
sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós, e infestar todo o
ambiente em que vivemos. Começamos a nos tornar cruéis com aqueles que
nos cercam, e finalmente passamos a dirigir esta crueldade contra nós
mesmos. Surgem as doenças e as psicoses. O que queríamos evitar no
combate - a decepção e a derrota - passa a ser o nico legado de nossa
covardia. E um belo dia, os sonhos mortos e apodrecidos tornam o ar
difícil de respirar e passamos a desejar a morte, a morte que nos
livrasse de nossas certezas, de nossas ocupações, e daquela terrível paz
das tardes de domingo.

"Certa vez, um poeta disse que nenhum homem era a ilha. Para combater o
Bom Combate, precisamos de ajuda. Precisamos de amigos, e quando os
amigos não estão por perto, temos que transformar a solidão em nossa
principal arma. Tudo que nos cerca precisa nos ajudar a dar os passos que
precisamos em direção ao nosso objetivo. Tudo tem que ser uma
manifestação pessoal de nossa vontade de vencer o Bom Combate.

Sem isto, sem perceber que precisamos de todos e de tudo, seremos
guerreiros arrogantes. E nossa arrogância nos derrotará no final, porque
vamos estar de tal modo seguros de nós mesmos que não vamos perceber as
armadilhas do campo de batalha.

Desta vez fui eu quem lembrou uma passagem da Bíblia. No livro de Jó
estava escrito: Tudo aquilo que eu mais temia me aconteceu".
Uma ameaça não pode provocar nada, se não é aceita. Ao combater o Bom Combate, nunca se esqueça disto. Assim como não deve esquecer que
atacar ou fugir fazem parte da luta. O que não faz parte da luta é ficar paralisado de medo.




> Ne.5:2 Porque havia quem dizia: Nós, nossos filhos e nossas filhas, somos
> muitos; então tomemos trigo, para que comamos e vivamos.
>>> 4 Também havia quem dizia: Tomamos emprestado dinheiro até para o
>>> tributo do rei, sobre as nossas terras e as nossas vinhas. 5 Agora,
>>> pois, a nossa carne é como a carne de nossos irmãos, e nossos filhos
>>> como seus filhos; e eis que sujeitamos nossos filhos e nossas filhas
>>> para serem servos; e até algumas de nossas filhas são tão sujeitas, que
>>> já não estão no poder de nossas mãos; e outros têm as nossas terras e as
>>> nossas vinhas. 6 Ouvindo eu, pois, o seu clamor, e estas palavras, muito
>>> me indignei. 7 E considerei comigo mesmo no meu coração; depois pelejei
>>> com os nobres e com os (dfalsos) magistrados, e disse-lhes: Sois
>>> usurários cada um para com seu irmão. E convoquei contra eles uma
>>> grande assembléia.
>
> AÍ AGENTE VAI FAZENDO O BOM COMBATE NO CNRH
>
> Joao Climaco
Cons rep das org civis e ONGs no CNRH
Coord do Fonasc cbh

JOAO CLIMACO E A MAIS VALIA POLITICA GERADA NO AMBIENTE DAS REDES E MOVIMENTOS SOCIAIS

O CONCEITO DE MAIS VALIA POLITICA A PARTIR DO DEBATE DENTRO DE REDES DE MILITANTES SOCIAL FRENTE A POLITICAS PUBLICAS.


Esse debate é rico pois nos revela não somente os limites que pode desaguar na intolerância,oportunismos, preconceito e abusos, mas também pode revelar possibilidades de convergências de ideias e pessoas através do respeito e compreensão às táticas do outro, e aos dogmas ou procedimentos que os grupos diversos incorporam as suas práticas políticas.

E nesse sentido, reporto-me a práticas ou procedimentos que elevam para o campo da militância política, a adoção de posturas que estão intimamente ligadas a dogmas religiosos e os resultados que dai derivam para alguns no universo da militância em que atuamos. O auto martírio a que se auto impõe alguns grupos religiosos para comunicar a Deus e este interceder para resolver mazelas sociais acontece em várias religiões no mundo ..lembro-me ainda menino no Nordeste quando ouvia falar das pessoas que se auto martirizavam na semanasanta ou jejuavam ..e até na religião muçulmana identificamos isso ..para afirmar reivindicações e posições que interferem no poder político.Cada grupo portanto, tem seus fins para justificar os seus meios.Nesse cenário o colega do Piauí pode ter metido a mão numa cumbuca sem saber direito o que tinha dentro dela.

Como todos sabemos, o termo MAIS VALIA refere-se para grande parte de nós, a uma categoria da análise econômica marxista para entender a lógicva da expropriação da renda sobre o trabalho0 pelo donos dos meios de produção gerando a desigualdade..econômica de classes etc....A lógica do surgimento do lucro possibilita muitas reflexões filosóficas etcc. Mas a idéia que chama mais minha atenção aqui é a questão da desigualdade derivada do oportunismo que tem alguns para se aproveitarem da ignorância que tem uns em relação a outros, para daí retirar e ampliar seu capital seja lá econômico e de meios de produção e por conseqüência, seu poder politico e mobilidade na estrutura social etc..a essência da economia de mercado é o PODER DERIVADO DISSO TUDO .

A economia de mercado, como vemos, marcada´ por um incremento cada vez maior de valores da competição, exploração de uns sobre outros, individualismo onde o sentido da oportunidade se confunde com oportunismo, e sobretudo, a eficácia e eficiência que tem esse modelo de civilização em transformar tudo em mercadoria, inclusive a POLÍTICA, é matéria de nosso interesse. Nós que militamos nesse universo vemos que A POLÍTICA NESSE SISTEMA , POR SI SÓ, deixa de ser , dentre tantos conceitos, a que é essência fundamental dos pactos que a sociedade cria para administrar suas diferenças, mas sobretudo, para ser ela mesma uma MERCADORIA.

E uma sociedade assim, competitiva, midiatizada, as relações de poder não se expressa somente por uma ética de convivência entre pessoas e indivíduos que tem dinheiro mais também. uma ética que regula interesses também de prestigio , de poder e de fama.Isso tudo se encontram em algum momento.Tem gente que não possui os meios de produção mas sim, o poder de midiatiza-los e explrora-lo atraves de outros.O cidadão sai de casa de manha e deixa de ser o seu verdadeiro eu, para ser o lobo do homem que é o lobo do homem..E aí ele passa ser um produto pois não adianta ele ser honesto ou ético mas sim , ter capacidade para mostrar o que gostaria que os outros vissem nele. Aí ele produz sua imagem ideal,mesmo que não tenha virtudes para se transformar naquilo que deseja ser ...ele tenta mostrar o que deseja ser e não o que é...do mesmo modo que tenta mostrar seu produto que deseja que outros consuma ou seja..ele não é o produto que realmente pensa que é mas persegue isso.Essa midiatização da vida, sobretudo depois da internet mostra o como ele também se transforma em produto...Inclusive, o acumulado de relações sociais que ele estabelece nesse jogo..É o que se convencionou chamar de CAPITAL POLÍTICO que ele traz para o mercado de troca de prestígio não somente de bens materiais mas também de bens simbólicos.E isso na internet é delicado. O capital político de um individuo é a soma do que ele conseguiu fazer e superrelativizar para os outros verem o que ele é junto com o que ele tem.As duas coisas se confundem e convergem em um determinado ponto e, a inserção do cidadão é a inserção de sua imagem no mercado de troca desses bens simbólicos e no mercado politico... ..trocas não somente de bens e satisfações materiais mas também trocas no mercado das imagem.Eu te publico se tu me publicares.. Tem imagens qua valem mais que outras determinando a posição do sujeito na estrutura social e política macro , ou nos sistemas micros e midiáticos onde é reconhecido. A POLÍTICA nesse contexto é a soma de trocas de bens simbólicos (imagens das pessoas)legitimados pelos mais diversos meios de mídias e a iguinorancia derivada da desiguioadade..Nesse sentido a POLÍTICA É POR SI UMA MERCADORIA TAMBÉM, trocada também a todo tempo..

A mais valia política , NESSE CONTEXTO, é a quantidade e qualidade do prestígio ( ou seja, de reconhecimento por outrem de que você é ator político importante e de poder dentro de um universo específico) que cada indivíduo consegue retirar desse mercado de bens simbólicos. Sobretudo, aqueles indivíduos que estão na ponta de lança de um processo de acumulação de poder, de prestígio, e de bens simbólicos que lhes permite estar na ELITE de terminando sistema, ou de determinado grupo ou atpér na elite de uma política pública, ou na ELITE DESSE MERCADO POLITICO ,OU seja, estando no governo ou na sociedade civil .Nesse sistema social baseado na economia de mercado, os indivíduos se diferenciam também péla quantidade de MAIS VALIA POLÍTICA que conseguem somar e acumular de fora pra dentro de sua vida e de dentro pra fora de sua vida .. gerando seu novo status ..Tem muita gente , nesse contexto, que fica satisfeita somente no usufruto da luxúria. A capacidade de extrair mais ou menos mais valia ou absorver a mais valia nos processos políticos em cima do outro é para uns um mérito, para outros um demérito..

É uma discussão com grande carga de subjetividade já que, essa EXTRAÇÃO TEM HAVER COM VALORES FILOSÓFICOS e éTICOS de cada um ..Nem sempre isso é compreensível de pronto.O certo é que tem pessoas que trabalham e a mais valia política E ECONÔMICA LHE PERSEGUE COMO O LUCRO PERSEGUE O CAPITALISTA ...Outros trabalham e querendo ou não, sabendo ou não produz mais vali a politica para outro..Invariavelmente não tem como fugir disso, Voce está sempre produzindo mais valia politica para alguém , inclusive se voce estiver atuando no âmbirto das politcas públicas ou então, está produziondo mais valia economica no âmbito das instituições de mercado. (Nesse ASPECTO O TRABALHO É A FONTE DE TUDO CONFORME Marx)TEM OUTRAS PESSOAS QUE SE CONFORMAM E SE MANTÉM EM UM AMBIENTE DE ADMINISTRAR BENS SIMBÓLICOS SEUS E DE OUTROS ..MAS NA HORA DE TOMAR UMA DECISÃO séria que possa por em risco suas benesses ..essa pessoa não usa seu capital político e sua mais valia política para tal...para não afetar seu acumulado economico que lhes permite ter um mínimo de luxuria na vida.( ISSO É COMUM NOS AGENTES PÚBLICOS QUE TEM PAPEIS IMPORTANTES EM POLÍTICAS PUBLICAS sobretudo meio ambiente e recursos hídricos)

É nesse ponto que IDENTIFICO aqueles que tem taxa de mais valia política alta ou baixa NOS PROCESSOS POLÍTICOS E LUTAS EM QUE ESTAMOS ENVOLTOS, IDENTIFICANDO esse ou aquele que tem baixa ou alta taxa de exploração de mais valia política em cima de seus parceirios , conhecidos ou subalternos..São inúmeros exemplos de grandes companheiros lutadores que por vezes, dão contribuições importantes as causas ambientais e sociais mais terminam isolados por atribuírem a si, uma TAXA DE MAIS VALIA POLÍTICA MUITO ALTA , ou seja..ele está junto com você se você poder transferir e possibilitar dentro do processo político em que estiver envolvido junto, fortalecimento de sua imagem institucional e pessoal que lhes redundem em mais prestígio mesmo que o seu não se altere..ou diminuai...

Esses companheiros que chamo de comopanheiros de taxa de mais valia política alta revelam sublinarmente nessa prática, a ausência de um valor fundamental que é a solidariedade humana...Muito mais importante do que a política que é por vezes, uma solidariedade digamos limitada e questionável e conforme conveniências. Esses companheiros formam na sua grande maioria um contingente de pessoas especiais , com grande potencial mas premidos pela vaidade e interesses gananciosos no mercado político não conseguindo diminuir a taxa de mais valia política que querem receber nas batalhas e processos em que se engajam..Terminam traindo a si mesmos e não conseguem somar..somar...e terminam fazendo o jogo do capital, dos inimigos do meio ambiente e sobretudo das pessoas do mal.

O espaço privilegi8ado onde encontramos pessoas que tem uma taxa de mais valia política alta é no ambiente das relações estado e sociedade civil..é nos movimentos sociais e na burocracia do ESTADO..espaço privilegiado onde encontramos pessoas competentíssimas para administrar esse jogo e equação, de modo a permitir que este estado , continue sendo esse estado (ASSISTENCIALISTA , BURGUÊS OU FALSO Liberal de sempre, e administrador de injustiças e das mais valia políticas de seus agentes de plantão.

A atitude do companheiro do Piauí , que conheci no~que foi possível no curto período em que foi membro da coordenação do FONASC e renunciou sendo hoje, membro da coordenação do FBONGS- uma rede que também faz parte do CNRH e que tem através de seus membros envolvidos com a politica das águas nesse conselho , ação permanente ,contrária, sistemática e destrutiva em relação a nossa entidades e as nossas propostas dentro desse Conselho. Fazem todo tempo gool contra. Foi a meu ver; uma tentativa de tirar mais vali política do JEJUM e seus idealizadores, utilizando uma taxa muito alta e não soube atribuir um índice correto a sua taxa, ou detectar a dificuldade de se captar mais valia política quando o componente DOGMA estar presente.

Não é fácil e politicamente correto (Existe isso?)tirar masi valia política de dogmas das pessoas que já fazem isso, e fazem bem, sabem onde se encontrar, arquitetar ., e nós sabemos onde os encontrar para ter com eles uma convivência saudável muitas vezes profícua É UMA ATITULDE CORAJOSA E DESAFIANTE . Não é pra qualquer um .Não é a toa que as Igrejas e Religiões são instituições mais permanentes que todos nós.. Cada grupo com seus processos po´líticos tem suas referencias filosóficas táticas e éticas e seus fins táticos para justificar seus meios nos movimentos sociais ..Eu pessoalmente, acho que podemos fazer e atingir a conquista de direitos sem entrar nessa Seara....somando táticas..Mas quando juntam-se mais pessoas com taxa de mais valia política alta, ou um membro leva a extremo esse preceito de tirar taxa alta sobre os outros achando que é fácil, ..em qualquer circunstância ...o resultado nem sempre é o esperado.A $ tem infelizmente papel importante nisso.

Lamento pelos colegas que caem nessa casca de banana, incomoda-nos ver isso .Dentro do Fonasc , que é uma rede de cidadãos e entidades numericamente pequena em relação a outras que aparentam ser maiores...já tivemos vários casos de pessoas que entraram e saíram por não terem visto que construir mais valia política sem trabalho coletivo, e sobretudo, não se comunicando e interagindo com seus irmãos de fato de maneira equânime , não somente pela internet , não se consegue ser realmente dialógico, estruturante e sistêmicos na organização da luta por direitos sócio ambneitnais ..Ainda que consigamos construir muita mais valia política simbólica individualmente,nesses casos, não se consegue atingir mais resultados...Não por causa do Fonasc ...mas sim ..por que não se consegue isso em lugar nenhum. As vezes, pessoas ótimas , que por vezes trouxeram seu capital político mas não distribuíram dentro da rede...ficando concomitante utilizando taxa alta em cima da entidade presente ou grupo que se diz pértencer ..Terminam se desiludindo e se isolando e o pior, deixando um saldo de desilusão alta, quando vimos que esses companheiros tomaram um tempão nosso ..e queriam resultados imediatos ..prestigio, quando não, queimando e denegrindo as pessoas que continuaram somando mais valia política a entidade e ao projeto como um todo e não individualmente..

O FONASC a partir do IV encontro,adotou no PIAUÍ uma pródiga distribuição de mais valia politica e empoderou pessoas e somou-se a pessoas e entidades que tinham nos seus lideres interesses e taxa de mais valia política excessivamente alta sobre o resto, concluimos tardiamente e depois. E em parceria com o CREA -PI ajudamos a criar e financiar os eventos que possibilitaram o surgimento da REALPI -Rede de entidades Ambientalistas do Piaui,Alí, o Fonasc disponibilizou através de sua capacidade de articulação local, escritórios e condições para administração da REDE em Teresina e fizemos várias reuni~eos para planejamento e execução de atividades em conjunto FONASC E REALPI ..- REDE DE eNTIDADES aMBIETALISTAS DO Piaui é uma realidade hoje e sentimos-nos orgulhosos que alguma semente esteja frutificando ainda que seja com uma taxa de mais valia política alta de seus líderes.Estaremos retomando o trabalho no Piauí em breve..porque entendemos que temos que agregar e somar mais gente à luta ..e socializar a quantidade de mais vali a politica para maior parte dos participantes e trazer resultados concretos de vitórias e conquistas locais para as entidades e cidadãos participantes da Rede...ainda que de inicio termos que superar esses equívocos que impedem que as pessoas vejam que O MERCADO DE BENS SIMBÓLICOS tem seus limites e o que vale é o trabalho junto unido e despretensioso com respeito aos seus parceiros com taxa de mais valis política igual pra todos envolvidos.

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No Piaui tivemos que tomar atitudes drásticas para não termos que administrar um GRANDE " PASSIVO DE ENTORRAGE" . Vocês sabem o que é isso?É o contrario do ATIVO DE ENTOURRAGE. O PASSIVO é gerado em processos que onde tem taxas de mais vali politica alta.É isso é um grande pepino para um gestor ou participantes entusiasmado de um empreednimetno social que tem missão de transxferir poder de ação dentro das politicas publicas para a soci8edade.O ATIVO é melhor e faz a historia avançar. Mas isso eu explico depois...se vocês quiserem..


Bem camihemosemos.

A história não anda pra trás..

João Climaco
Membro da coordenação do FONASC
Cons rep das org civis e movimentos sociais no CNRH.

joao climaco

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